O VIAJOR DO INFINITO

30/10/2014 22:19:57
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(Poema composto em homenagem a um amigo morto, vítima da violência, e extensivo à memória de entes queridos, que se encontram na espiritualidade)

Agora, já desvendaste todo o mistério do cosmos.

Por entre estrelas, constelações, galáxias e nebulosas,

vagueias pela imensidão do espaço sideral.

Conheces a face oculta da lua

e as turbulências do sol;

te extasias com a imponência dos cometas

e com o fulgor das auroras austral e boreal.

Sabes o que há por detrás do arco-íris

e para ti não existem mais barreiras,

obstáculos, limites ou fronteiras.

As distâncias são vencidas,

com a rapidez do pensamento

e visitas outros mundos,

habitados ou sem vida,

não mais te sujeitando ao despotismo do tempo.

Estás livre, totalmente livre do teu corpo,

grilhão terreno,

podendo subir às culminâncias celestiais,

atingindo o infinito,

como podes descer ao mistério

das profundezas abismais.

Nada consegue te prejudicar:

as trevas não te amedrontam,

os raios do sol não te queimam

e a sua luz nunca irá te ofuscar;

as tempestades não te afetam,

nem há corisco que te atinja.

Recolhes os pingos da chuva antes

que, caiam na terra,

os celestiais diamantes.

Por entre nuvens róseas e diáfanas,

partilhas do convívio dos anjos,

na magnífica assembleia celestial,

desfrutando a paz divina,

suprema glória e recompensa,

preparada para o espírito imortal.

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