Estreia esta semana nos cinemas em Nova Friburgo Trolls. Sabe aqueles bonequinhos estranhos com cabelos coloridos e espichados? Então, são esses mesmos, tradicionais entre as crianças, a Dreamworks aceitou o desafio de criar um “universo” animado para esses estranhos bonecos mantendo suas características e adicionando um contexto coerente e particular. Claro que tem uma narrativa linear e com um enredo previsível, mas a produção acertou ao apostar na essência das personagens e em muita música. Quando digo essência, estou me referindo a década de 80 e 90, quando o brinquedo realmente caiu no gosto da garotada e com as inúmeras cores dos cabelos e tudo mais. Não chega a ser um musical, mas tem clássicos como: “Hello” do Lionel Richie, The Sound of Silence, True Colours , Move Your Feet, só para citar algumas. O enredo é sobre os Trolls com seus cabelos coloridos e que vivem felizes cantando e dançando, tudo com uma abordagem muito infantil. Em meio a essa chatice aparecem os Berguens, uns monstrengos gigantes que entram numa onda de que para serem felizes precisam comer os Trolls. Após uma “invasão” e a captura de alguns Trolls, Poppy a princesa e o mal humorado Tronco, saem em uma busca para resgatar o pessoal. Claro que nada disso é exatamente novo, mas tudo é muito bem executado. A animação tem o padrão Dreamworks de qualidade e as personagens são fofos e carismáticos. Vale o aviso que é tudo muito infantil, inclusive a lição final é direcionado somente para os pequenos. Vale muito o ingresso para levar as crianças. A indicação etária é livre, claro.
A outra estreia desta semana é A Garota no Trem. Adaptado do livro da Paula Hawkins de 2015 que vendeu mais de 1 milhão e meio de cópias, o filme pode agradar alguns fãs, mais vai certamente decepcionar os mais puristas da obra literária. Esse é o clássico caso de uma ótima história mal adaptada que aparentemente tenta agradar a todo mundo e, é claro, não consegue. Na verdade o problema nem é do roteiro, mas sim, a falta de personalidade do diretor Tate Taylor. O enredo é sobre uma mulher que vive de lá para cá nos trens observando a vida de pessoas por onde passa e que, aos poucos, vai-se descobrindo tratar-se de vidas entrelaçadas. É o tradicional jogo de pistas cheio de reviravoltas. Os pontos positivos estão nas belas imagens, na qualidade de algumas interpretações e principalmente na condução das ações por mulheres fortes. Destaque para Emily Blunt e Haley Bennett que, se não são brilhantes, demonstram muita entrega. Já quanto aos problemas, a direção burocratiza a narrativa e o roteiro explica demasiadamente tudo, ficando bobo em alguns momentos. O Score do veterano Danny Elfman está irreconhecível, mas nada que prejudique, seguiu a mesmice e pouca inspiração da direção. É um filme forte sobre mulheres sendo mulheres. Determinadas, lindas e românticas, com seus dramas e pesadelos. Os homens são meros coadjuvantes. Nesse sentido é tudo bem pontuado, a qualidade das personagens e da trama explica bem o motivo do sucesso do livro. Vale sim o ingresso e vai agradar quem gosta de personagens fortes, suspense psicológico e muitas surpresas ao longo do filme. A indicação etária é para maiores de 14 anos.
Sugestão:
Para ver em casa a dica desta semana vai para a estreia da sétima temporada de The Walking Dead que estreou na Fox na semana passada. Foi um dos principais assuntos desta semana principalmente com a “segunda” morte de Glenn Rhee. Nem preciso falar sobre a série que é campeã de audiência e que agora conta com o Negam, um vilão que vai levar Rick e a turma ao extremo. Para quem tem Fox, é na madrugada de domingo para segunda-feira ou no Fox Play.
