A única estreia desta semana em Nova Friburgo é Guardiões da Galáxia Vol. 2. O primeiro filme foi uma aposta ousada por levar às telas personagens desconhecidos do público em geral que se revelou um enorme sucesso deixando para trás os heróis ’sérios” da Marvel e abrindo caminho para um novo e divertido formato para filmes de heróis. A pergunta que ficou era se a continuação conseguiria estar a altura do primeiro filme e a resposta é simples e boa: Sim! Esse novo filme mantém os pontos fortes das boas referências e principalmente pelo “não tão sério” que marca a produção. O enredo é simples, mas bem focado e até consegue exaltar as boas virtudes. Chris Pratt, que foi um achado para o primeiro filme, comanda o grupo de “desajustados” com bons corações em aventuras que ameaçam a vida na galáxia. O elenco ainda conta com Zoe Saldana, Dave Bautista, Michael Rooker e os veteranos Kurt Russell e Sylvester Stallone. Claro que não posso deixar de citar as vozes do Vin Diesel como Groot e Bradley Cooper como o Rockets Raccoon. O diretor e roteirista James Gunn acerta mais uma vez ao construir uma linguagem narrativa simplista e com referências fortes aos anos 80. A abertura já dá o tom com um show de simpatia do pequeno e fofo Groot na batalha. Não vou falar sobre o enredo para não fazer Spoiler, pois tudo é dado logo no início. Destaque para os efeitos CGI, para a trilha musical que inclui até Cat Stevens e George Harrison e para as tiradas cômicas sempre presentes. As referências são variadas e dão charme estético para as imagens, variando de Barbarella, Blade Runner a Metropoles. Os poucos pontos fracos estão nos vilões dourados que não criam um peso apropriado, no Kurt Russell digital que é estranho e nas caras de bobo que é uma marca desse tipo de narrativa. Ainda vale destacar a estética usada nos créditos finais com capas de discos com a tipologia da época. Sei que todo mundo já sabe, mas vale lembrar que tem cenas após os créditos. Veja, eu disse cenas com “s”. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
SUGESTÃO:
A dica desta semana para ver em casa vai para Macbeth: Ambição e Guerra. É sempre complicado adaptar Shakespeare e normalmente marca as carreiras dos diretores. Justin Kurzel fez uma adaptação tendendo ao gênero terror, por isso é no mínimo inusitado. Um bom filme, adaptado de um clássico, carregado de personalidade.
