Estreia esta semana em Nova Friburgo Alice Através do Espelho. Importante ressaltar que o filme é uma adaptação livre do livro de Lewis Carroll e do original só temos alguns personagens e o país das maravilhas. Outra questão significativa é a ausência do Tim Burton que se recusou a permanecer no projeto e foi substituído pelo competente James Robin. Dito isso, vamos ao filme. É basicamente o que se espera dele, mas sem brilho e com jeito de conto de fadas. O enredo se agarra nos personagens mais apreciados e constrói uma série de sequencias sem sentido, confusas e suplicando por um final feliz. A única parte que é bem aproveitada é quanto Alice está em nosso mundo, do lado de cá do espelho e luta para conquistar seu lugar em uma sociedade lobista e machista. Os pontos forte do filme estão nos personagens e no visual caprichado. Na verdade, é tanto efeito digital que parece, em alguns momentos, que estarmos assistindo uma animação. Johnny Depp, Helena Bonham Carter e Mia Wasikowska fazem boas composições em seus papeis mas o resto do elenco, incluindo a premiada Anne Hathaway, tem atuações duvidosas, caricatas e pouco inspiradas. Resumindo, é um filme visualmente belo, confuso e com ações sem sentido ou injustificáveis. Tem uma motivação fraca para conduzir a ação narrativa e se perde por querer um happy end a qualquer custo. Vale o ingresso mas não se pode esperar muito. A indicação etária é livre.
A outra estreia desta semana é Peppa Pig: As Botas de Ouro e Outras Histórias. Com poucos horários e só no final de semana, a porquinha Rosa e de nariz engraçado, muito conhecida pelas crianças, ganha as telas dos cinemas. Direcionado para o público na fase pré-escolar, Peppa ficou famosa em todo mundo ao apresentar uma narrativa simples, sem conflitos familiares e sempre buscando aprender novas lições. É uma animação com traços rudes, pouco detalhados, cheia de músicas e com teor educacional. Nos cinemas a proposta se manteve a mesma e traz 10 episódios ao todo com um especial de 15 minutos sobre as tais botas de ouro e outros 9 de apenas 5 minutos cada. O conteúdo das histórias tem a mesma base narrativa e usa sempre a imaginação e o espírito aventureiro da porquinha e seu amigos. O objetivo, como é educacional, busca exaltar a importância da família e de boas condutas para a convivência social. Para as crianças não cansarem o tempo de exibição é de apenas 1 hora e certamente elas vão cantar e interagir muito com o filme. Pode ser uma oportunidade para levar pela primeira vez a criança ao cinema, além de uma boa forma de interagir e passar um tempo com filho. Vale o ingresso somente para os pequenos devidamente acompanhados. A indicação é livre.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para BlackFish. Um documentário de 2013 sobre a vida de uma Orca em cativeiro e sobre tudo que envolve essa cruel indústria do entretenimento. Bom para refletir.
