Filmes da semana 27/01 até 02/02

27/01/2017 17:08:08
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Estreia esta semana em Nova Friburgo o filme Resident Evil 6: O Capítulo Final. Depois de 14 anos de uma franquia baseada em games de terror, mas que foi para um caminho próprio, chega ao fim a briga que parecia eterna entre a Alice e a Umbrella Corps. Claro que tenho lá minhas dúvidas se é mesmo um final, mas espero que a coisa acabe mesmo por aqui. Fica complicado tentar resumir o enredo ou situar alguém que não tenha visto os outros filmes. É uma ficção científica que conta a história de uma heroína tentando salvar o mundo após a disseminação de um vírus que infectou grande parte das pessoas que se tornaram zumbis. Nesse contexto também existem monstros e clones de pessoas em um repertório de maluquices dignas dos bons games de terror. Claro que tudo foi muito construído em torno da bela Milla Jovovich e o roteiro nem sempre importava. O diretor Paul W.S. Anderson, marido da moça, que também escreveu o roteiro, adicionou muita ação e tentou dar um final digno para a franquia mas tudo é muito confuso, previsível e na base do “vamos lá moçada”, o que tira o brilho da heroína. O filme tem muitos problemas no geral, mas isso não importa para os fãs da franquia. O ruim mesmo é ver a atriz Milla Jovovich se empenhando mas cansada, sem a mesma explosão nas cenas de ação. Mesmo sendo tudo muito bobo, sem realmente criar qualquer debate e com soluções preguiçosas, vai agradar a quem gosta de ação, terror e para quem sempre acompanhou a franquia. Não é grande coisa mas teve um final digno. Vale o ingresso com moderação e a indicação etária é para maiores de 14 anos.

A outra estreia desta semana é Quatro Vidas de um Cachorro. Peço desculpa a você, leitor desta coluna, pois vou me limitar a publicar a sinopse de divulgação deste filme. Não vi o filme e não vou ver por um motivo muito simples, abusos e maus tratos ao Pastor Alemão Hercules. Qualquer ser vivo que sente e sofre não pode ser alvo de abusos visando qualquer objetivo, principalmente o entretenimento. É inadmissível tal conduta e a equipe de filmagem passa por uma investigação, nesse momento, podendo pegar até 6 meses de prisão além de uma multa de 10 mil dólares. Importante ressaltar que a análise crítica de qualquer obra vai além e deve ser uma forma de contextualização com o momento histórico, econômico, político e social e, o boicote é uma forma de demonstrarmos indignação e recusa em aceitar tais ações. Não cabe julgarmos as pessoas ou suas atitudes, isso será feito pela justiça canadense, nem a intenção ou mensagem do filme que possivelmente é boa, mas é preciso um basta. O pior muro é o que construímos ao nosso redor e esquecemos, por vontade própria, do sofrimento dos outros seres humanos e não humanos. A sinopse do filme é: “O longa acompanha as quatro vidas de Bailey (voz de Bradley Cooper) e sua busca pela razão de continuar voltando à Terra quando seu tempo nela acaba. A direção é de Lasse Hallström (`Sempre ao seu Lado´), e o elenco traz ainda Britt Robertson (`O Maior Amor do Mundo´), Dennis Quaid (`O Dia Depois de Amanhã´), Peggy Lipton e Juliet Rylance”. A indicação etária é para maiores de 10 anos.

Outra estreia desta semana é Beleza Oculta. Esse é um daqueles filmes que teria tudo para dar certo, mas aí algo acontece e a coisa toda desanda. A premissa é boa, o elenco é estrelar e o tema é relevante, mas aí o roteirista trata tudo de forma rasa e o diretor compra a ideia e fica tudo bobo, arrastado e com um só objetivo: fazer as pessoas chorarem. O enredo é sobre um publicitário de sucesso que perde a filha, entra em uma crise e se isola. Seus amigos de trabalho ficam tentando ajudar e montam um plano mirabolante ao descobrirem que ele escreve cartas para o tempo, a morte e o amor. O elenco é de impressionar e conta com nomes como Helen Mirren, Kate Winslet, Keira Knightley, Edward Norton, Will Smith e Naomie Harris, só para citar os principais, mas mesmo com uma galera dessa, os problemas no roteiro, na produção e na direção, impossibilitaram que boas pessoas e ideias se tornassem um bom filme. O roteiro é cheio de clichês e não discute nada. Fica mais preso a uma ideia e esquece de todo o resto. O filme se arrasta com Will Smith fazendo cara de coitadinho enquanto frases “bonitinhas” são ditas o tempo todo, jogadas ao vento. As personagens de apoio, com desenvolvimentos de dramas paralelos, mais atrapalham do que ajudam. Fica tudo com cara de filme de sessão da tarde. O diretor David Frankel faz um trabalho burocrático e pouco criativo, parece que está preocupado em agradar todo mundo e isso sempre acaba mal. Por fim, o elenco, que deveria salvar o filme pouco se empenha e, tirando o Will Smith que não tem coelhos na cartola mas se esforça muito e a fantástica Helen Mirren, todo os outros parecem desinteressados. O resultado do filme é muito menor do que o elenco e a ideia central do roteiro. Vale o ingresso sim e a indicação etária é para maiores de 10 anos.

SUGESTÃO:

Para assistir em casa a dica desta semana vai para a quarta temporada de Sherlock. Série muito elogiada e que tem Benedict Cumberbatch no papel do famoso personagem do escrito Sir Arthur Conan Doyle, estreia mais uma temporada na BBC. É sem dúvida uma das melhores séries e com uma produção primorosa.

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