Para esta semana temos a estreia de Sin City: A Dama Fatal. Nove anos após o primeiro filme, esta continuação exibe a mesma estética e narrativa sem trazer novidades ou mesmo um enredo interessante. Frank Miller e Robert Rodriguez apostam na mesma fórmula, referências narrativas ao Film Noir, muita violência, os anti-heróis e os vilões bestializados. A forma de inserir as personagens femininas é machista e tudo se resolve na pancada de forma exagerada. Sei que essa é a proposta, mas não funcionou bem na segunda vez. Parece que estamos assistindo o primeiro filme sem o brilho de Bruce Willis e companhia.Claro que o filme tem coisas boas, conta com bom elenco, aparições de celebridades e alguns momentos criativos, mas sempre se espera muito de adaptações de HQs, principalmente quando envolve nomes de peso como Frank Miller. Os fãs vão gostar e, para quem procura algo diferente esteticamente e para quem viu o primeiro, também vale o ingresso. Para menores de dezoito anos ou para quem não curte violência na tela, é proibitivo.
Outro filme que entra em cartaz é O Protetor. Baseado numa série de televisão dos anos oitenta, Denzel Washington é um ex-agente que busca uma vida tranqüila e pacata mas, nem sempre consegue ficar alheio às injustiças. É a tradicional história do justiceiro que pune com violência no melhor estilo “olho por olho, dente por dente”. Já vimos Denzel Washington muitas vezes nesse mesmo papel e também já vimos muitas vezes esse enredo, mas para quem gosta, é um ótimo programa. Importante destacar o bom trabalho do diretor Antoine Fuqua, que consegue impulsionar dramaticamente muitas cenas através do “olhar” da câmera. Para quem gosta de ação e boas cenas vale reservar um tempo para assistir. Por conta da violência, nada de levar crianças, já os adolescentes, acostumados com filmes de terror e suspende, não tem problema.
Mais uma aposta nos contos de fadas, dessa vez do cinema francês, estreia esta semana, A Bela e a Fera. É a história que todos conhecemos narrada de forma exuberante, com muitos efeitos especiais, belo figurino e muita música. Por ser uma produção francesa, tudo ocorre na França e algumas modificações ao texto original foram feitas para melhor adaptar à narrativa. Apesar de toda a beleza da história e da produção, o filme tenta ser mais do que pode e, como conseqüência, acaba atrapalhando o resultado final. A humanização e a transformação da Bela e da Fera ficam em segundo plano. Como resultado, apesar de ser um conto de amor, o filme agrada mais os olhos do que o coração. É confuso para as crianças e infantil para os adultos, mas pode ser visto por todas as idades. Fica a dica para quem gosta desses contos bonitinhos, cheios de belas imagens e finais felizes.
A última estreia da semana fica por conta de Será que?, uma produção canadense estrelada pelo eterno Harry Potter, Daniel Radcliffe. Sei o que você está pensando, “mais um filme para adolescentes”, mas não é bem assim. Todos no filme trabalham e enfrentam os problemas normais nos relacionamentos e na carreira. Zoe Kazan, par quase amoroso de Hadcliffe, tem trinta e um anos, com carrinha de vinte, é verdade, mas o importante é que o filme se destina à todas as idades. É uma comédia romântica com diálogos rápidos, algumas vezes inteligentes, que trata o amor, suas muitas formas e contrastes. É um filme leve, com boas canções e certamente vai criar identificação com o público. Para quem assistiu os bruxos em Hogwarts e está com saudade de ver Daniel Radcliffe nas telas, ou para curtir um filme despretensioso mas com certo charme, vale o ingresso.
Sugestão
A sugestão para quem vai preferir ver um filme em casa fica por conta de Esfera, uma ficção científica repleta de ótimos atores e reflexões sobre poder e a humanidade. Sempre bom ver Dustin Hoffman, Sharon Stone e Samuel L. Jackson, num filme repleto de ação, reflexão e um pouco de Júlio Verne, com o clássico Vinte Mil Léguas Submarinas.
