Filmes da semana 25/09 até 01/10

25/09/2015 14:43:24
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Estreia essa semana em Nova Friburgo Evereste. Baseado em fatos reais, é o típico filme de superação física e psicológica diante do confronto com a morte. Muitas pessoas podem se perguntar qual a motivação que alpinistas carregam para desafiar voluntariamente a montanha mais alta do mundo. Essa por si só, já é uma grande fonte dramática para este tipo de filme. A opção do diretor islandês Baltasar Kormákur, porém, foi fugir ao máximo da narrativa do melodrama. Mas o que pode parecer a opção correta a ser tomada, no final das contas, transformou o filme em belas imagens, muito sufoco mas pouca emoção. O problema mesmo está no roteiro que não constrói uma linha narrativa condizente com a situação. Por outro lado, as imagens são belíssimas e a direção de arte também faz um bom trabalho. Destaque para o figurino e a maquiagem. O ponto alto está na qualidade das interpretações. Tem muita gente boa no elenco como Jake Gyllenhaal, Jason Clake, Keira Knightley e dois conhecidos do seriado House of Cards, Robin Wright e Michael Kelly. Nesse ponto o filme acerta e faz valer o ingresso. Não é um filme ruim, mas não consegue dizer a que veio. A indicação etária é para maiores de 14 anos.

Estreia também o filme Um Senhor Estagiário. Comédia suave que tem como ponto alto as atuações dos protagonistas Robert De Niro e Anna Hathaway. Interessante ressaltar que ambos os atores tem carreiras sólidas e reconhecidas tanto no gênero drama, como na comédia. Em um primeiro momento pode aparentar uma comédia de conflito de gerações, mas não é bem isso. É mais na linha do “estranho no ninho” que aos poucos transforma a vida de todos a sua volta. Certamente já vimos esse enredo diversas vezes mas, se bem feito, ainda funciona bem. Nancy Meyers, diretora conhecida por comédias bem sucedidas, fez o que sabe, um feijão com arroz bem temperado. O enredo é sobre uma vaga de estagiário para idosos que se abre em uma empresa moderninha de comércio eletrônico. O que seria só uma ação fofa da empresa e sem maiores consequências logo se transforma em uma oportunidade mútua de aprendizado e crescimento. Se por um lado o filme não é muito engraçado, tem espaço para debates e isso é sempre bem vindo. Não fica fazendo piada do novo com o velho, mas critica a correria e os modelos da sociedade moderna. Apesar de alguns diálogos sofríveis, o foco no humano cria identificação e relevância ao roteiro. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 10 anos.  

Para crianças tem a estreia de Hotel Transilvânia 2. Uma animação nos mesmos moldes do anterior que satiriza monstros clássicos como o vampiro, a múmia, o lobisomem, entre outros. É uma fórmula já batida de confronto entre dois mundos distintos, nesse caso entre monstros e humanos. Desta vez, o Conde Drácula tem um netinho e vai fazer de tudo para o menino seguir suas tradições. Destaque para a qualidade da animação e para as personagens e seus trejeitos. A temática de “fofurizar” os monstros que possuem medos e angustias sempre funciona bem. O roteiro e bem construído, com piadas moderninhas, mas tem furos. O que realmente precisa ser dito é que é uma animação com uma linguagem voltada para o público infantil. Temos assim, conflitos de gerações visto pelo olhar da criança e as tradicionais lições de moral. Pode não agradar muito aos pais mas certamente é um ótimo programa para fazer com os filhos. Vale sim o ingresso e a indicação etária é livre.

Temos essa semana, apenas na sexta-feira, no sábado e no domingo a pré-estreia do Vai Que Cola – O Filme. Comédia nacional com Paulo Gustavo e todo o elenco que se destacou como a atração de maior audiência da TV paga dos últimos 10 anos. A temática é a mesma, mas o mote se inverte quando o pessoal sai do Méier e vai para a zona sul do Rio de Janeiro. O resto já dá para imaginar e vamos deixar para comentar na estreia na semana que vem.

Sugestão:
A dica para assistir em casa vai para Bonecas Russas. Comédia francesa que aborda a nostalgia e a esperança. Uma crítica ao “eu era feliz” e ao futuro melhor que não chega, mas com sensibilidade e inteligência.

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