Filmes da semana 25/03 até 31/03

25/03/2016 17:53:49
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A grande estreia desta semana, certamente uma das mais esperadas do ano é Batman Vs Superman – A Origem da Justiça. Somos todos um pouco fãs desses heróis e de suas aventuras. A DC Comics e seus personagens são cultuados e preferidos por muitos na batalha com a Marvel. Mas nos cinemas, principalmente no que diz respeito a unir os heróis em um mesmo filme, a Marvel está muito na frente. O filme é uma sequencia de O Homem de Aço com a inserção do Batman. Aí é que a coisa fica meio capenga, até porque a referência dos filmes recentes do diretor Christopher Nolan marcaram o retorno do morcego e, encaixa-lo no “mundo” do Super-Homem, é tarefa muito complicada. O filme infelizmente parece um monte de clipes rápidos, barulhentos e perdidos. Força barras e exagera quase ao caricata. Fica fazendo referências o tempo todo ao passado tentando responder questões, são muitos personagens mal introduzidos e ainda construiu-se uma realidade com cada de Nova Iorque e Nova Jersey para Metrópoles e Gotham City. Uma constelação de atores estrelam a produção mas nada que mereça qualquer destaque. Até por conta de ser muito confuso e barulhento, pouco sobra para algum ator fazer algo. De qualquer forma é sempre bom ver o morcegão dando umas boas mordidas na orelha do Superman. O diretor Zack Snyder vai ter que achar alguma solução ou caminho, afinal, não é tarefa fácil levar para as telas a tão esperada Liga da Justiça. Efeitos digitais, atores de peso, a boa música do Hans Zimmer e tudo mais que envolve uma grande produção não vão ser bem suficientes sem um bom planejamento e uma boa história. E claro, precisa respeitar a essência dos comic book. Vale muito ingresso por se tratar de dois personagens de peso da DC Comics e do visual, mas pode deixar um gosto de “tanta expectativa para isso?” na saída. A indicação etária é para maiores de 12 anos.    

A outra estreia desta semana é O Jovem Messias. confesso que quando li sobre esta produção e vi o trailer até me animei, tanto pela ideia como pela produção. O problema é quando o filme começa e percebemos se tratar de mais uma repetição do enlatado catequizador. Faz tempo, talvez desde que Scorsese adaptou Níkos Kazantzákis, que nada de interessante com base nessa temática apareceu nos cinemas. Não que este filme não tenha alguns bons momentos, mas é tudo com cara de teatro de escola se apoiando mais nas mensagem e na divindade do que na obra fílmica em si. A ideia é boa, criar dentro dos preceitos do cristianismo, uma história de um Jesus menino, enfrentando já na infância as adversidades da vida e de ser quem ele foi. O problema é quando a música exagera até irritar antecipando e guiando tudo o tempo todo. A luz não faz nada além de buscar o clichê do véu branco da bondade e cores quentes para o mal. Salva, porém, as atuações, principalmente Sean Bean que chega a fazer parecer que é cinema quando ele está em cena. Os outros atores, como Adam Greaves-Neal ou Vincent Walsh fazem um trabalho esforçado, com recursos limitados mas não comprometem. Apesar de tudo o filme é honesto e entrega o que promete. Para quem espera ver um enredo e uma narrativa com cara de novela e com mensagens do menino bom, da família boa que fazem de tudo para levar o bem não importa o que aconteça, pode ser um prato saboroso. Vale o ingresso só mesmo para quem busca exatamente esse tipo de mensagem sem qualquer preocupação com o resto na tela do cinema. Indicação etária é para maiores de 14 anos. 

 

SUGESTÃO:
Para ver em casa a dica nesta semana vai para Alice Não Mora Mais Aqui. Um grito feminista em plena década de 70 no terceiro longa de ficção de Martin Scorsese. Uma história de perda, luta e superação que rendeu o Oscar de melhor atriz para Ellen Burstyn.

 

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