Estreia o esperado A Série Divergente: Insurgente. Não sei exatamente o quão é esperado ou só mídia, mas é mais um capítulo das infindáveis trilogias voltadas para o público adolescente. Para quem não viu ou não lembra do primeiro filme, Divergente, basta saber que se passa no futuro, que existe um sistema de castas e funções, tem um comando autoritário e que tudo precisa ser como planejado para garantir a paz e boa convivência. Shailene Woodley é Tris, que quebra a ordem ao se enquadrar a mais de um grupo ou casta, se tornando uma divergente, um problema para o sistema. Dito isso, o segundo filme da franquia é basicamente ação, poucos diálogos e muito efeito especial. Não que o enredo seja de todo ruim, mas é o mesmo de sempre. É o tradicional passo a passo do Herói de Mil Faces. Para piorar, falta originalidade, a cidade do é futuro em ruínas é pouco inspirada e muitas cenas remetem a outros filmes do gênero. Algumas atuações são sofríveis como é esperado mas no todo, fica na média. Complicado mesmo é ver Kate Winslet tão mal aproveitada, se limitando praticamente a um único cenário e a gestos repetitivos. Uma questão interessante é que todos os cargos de comando e toda ação é impulsionada por mulheres, homens são meros coadjuvantes. O filme não vai decepcionar aos fãs e apreciadores de ação e ficção científica. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para 14 anos.
Estreia também em Nova Friburgo esta semana Para Sempre Alice. Não há como não citar primeiramente Julianne Moore que levou com esse filme o BAFTA, o Hollywood Awards, o Globo de Ouro e o Oscar, só para citar alguns. A atuação de Julianne é corajosa e inspiradora sem se utilizar de maneirismos ou cair no lugar comum. Ela interpreta Alice Howland, uma respeitada e bem sucedida professora linguística que descobre possuir o mal de Alzheimer. Assim como no livro de Lisa Genova, o filme trata basicamente disso, mostrando a evolução da doença e a luta de Alice por sua vida. Ainda sobre a Julianne Moore, o filme é todo dela, merecidamente. Vale ressaltar as boas participações de Kate Bosworth, Kristen Stewart e Alec Baldwin fornecendo um suporte importante para a protagonista. No mais é um filme comum, não à toa só recebeu indicação ao Oscar de melhor atriz. É um drama bem construído e acertadamente focado na ação dramática das personagens. Para dar uma ideia melhor, imagine uma pessoa que morre mentalmente aos pouco. A cada dia Alice é menos Alice. É a aflição e o desespero amparados pela coragem e compreensão. Tudo isso feito de forma honesta, sem apelos e com uma atriz brilhante. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para 12 anos.
Sugestão:
Quem vai preferir ver um filme em casa, a dica é Nine. Um musical que “homenageia” o filme Fellini 8 ½ com nomes de peso como: Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz, Sophia Loren, Nicole Kidman, Judi Dench, entre muitos outros. Só a sequencia da Fergie como La Saraguina em Be Italian já vale o filme.
