Filmes da semana 19/08 até 25/08

19/08/2016 19:40:30
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Estreia esta semana o remake de um clássico que foi simplesmente o filme mais vitorioso na premiação do Oscar de todos os tempos, Ben-Hur. Baseado no livro Ben-Hur: A Tale of the Christ e escrito por Lew Wallace em 1880, tinha no original uma mega produção com milhares de figurantes e um orçamento volumoso, mas este é na verdade uma produção mediana, com um ator mediano no papel do protagonista e sem pretenções de ser comparado ao original. O próprio diretor, o russo Timur Bekmambetov fez questão e insistiu que não era um remake, mas sim uma versão livre da história do Wallace. Claro que foi uma forma de amenizar as comparações e tentar facilitar a recepção do filme pela crítica. Ainda assim, fica aquele sabor de que se trata de um caça-níquel mediano, e é basicamente isso mesmo. O enredo conta a jornada de Judah Ben Hur que após um desentendimento com seu irmão adotivo Messala, é acusado de traição e escravizado. Tudo isso ocorre no mesmo período em que Cristo pregava e foi crucificado. Mas diferente do primeiro filme que pouco vemos Jesus, só mesmo de costas ou por sombras e que a vingança era a força motora, nessa nova versão, apesar de não protagonizar, Jesus tem passagem marcante e a vingança é muito amenizada em um clima de deixa disso e o importante é perdoar. Sinal dos tempos? Nem tanto, é principalmente uma produção que buscou saída fáceis e que manteve o mesmo tom das dezenas de filmes religiosos da atualidade. As personagens não são bem desenvolvidas e não carregam o peso necessário para dirimir conflitos internos de forma consistente e convincente. Isto é, o filme muitas vezes foca no piegas religioso e perde muito em qualidade dramática. Destaque para a clássica cena da corrida de bigas e do naufrágio. Se tem uma coisa que o Diretor russo sabe fazer são as cenas de ação e foi onde ele caprichou e mostra muita competência. Jack Huston interpreta um Ben-Hur sem carisma, Toby Kebbel força a barra em uma atuação pouco inspirada e Morgan Freeman faz o papel de sempre, o guia sabichão. Destaque mesmo só para a ótima atuação do Rodrigo Santoro que interpreta Jesus Cristo. São os poucos momentos que conseguem transmitir alguma emoção. Quanto a trilha sonora é complicado uma vez que Miklós Rózsa foi o compositor do original e por tender ao religioso, tem sempre a chata tendência ao exagero nas cenas dramáticas.  O resumo da ópera é um filme incomparável com o estrelado por Charlton Heston, com boas cenas de ação mas fraco de roteiro. O resultado decepciona mas de alguma forma agrada. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 14 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Moulin Rougel. Um musical que exalta as cores e que tem na produção de arte seu ponto forte. Vale muito pelo belo espetáculo, pelas belas canções e pela bela história romântica entre Ewan McGregor e Nicole Kidman.

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