Filmes da semana 17/06 até 23/06

17/06/2016 18:36:12
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Entra em cartaz em Nova Friburgo Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo. Depois de ter a estreia adiada devido a derrota de Aldo para McGregor em dezembro passado, chega às telas mais um filme sobre a superação do humano através do esporte. Apesar do bom apelo que envolve um campeão que saiu do “nada”, sem dúvida é uma aposta arriscada. Afinal, fugir do óbvio e dos clichês diversos que envolvem esse tipo de produção não é nada fácil. É interessante como o sangue do publicitário fala mais alto. Afonso Poyart mais uma vez reserva muito cuidado para a imagem. Tomadas rápidas e também em slow, muitos efeitos, lirismo e cores dominam todo o filme. Na verdade Manaus é sempre retratada em amarelo. Uma cor possivelmente do subconsciente do protagonista que revela dor e angustia. E não estou falando de uma ou outra cena, é muita iluminação amarela com objetos de cena marcando o vermelho. A verdade é que o filme tenta muito, tem qualidade visual mas naufraga justamente no roteiro. Não que tudo esteja perdido, mas impacta muito no resultado. O roteiro segue desesperadamente a frase de efeito, os dramas pessoais e uma espécie de raiva explosiva do campeão, muitas vezes caindo no clichê e pouco convincente. Aldo não é o herói da sua própria história e isso pesa muito positivamente. Mas como foi dito, fugir do óbvio nesses filmes é complicado. José Loreto é José Aldo, em um elenco que conta com as presenças de Cleo Pires Jackson Antunes, Claudia Ohana, entre outros. Existe muita entrega dos atores e uma boa preparação de elenco mas o destaque fica mesmo por conta das belas cenas com visual caprichado. Outro problema é o Score que até está bem colocado mas melodicamente muito perdido. Vale sim o ingresso mas não vai marcar. A indicação etária é para 14 anos.

A outra estreia desta semana é As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras. Muito conhecido até hoje pelas animações para televisão e pelos quadrinhos nos anos 80, os heróis adolescentes e seus cascos parecem sempre renascer para conquistar um nova geração. Diferente do antecessor de 2014 que obteve enorme sucesso com um enredo baseado na novidade em apresentar os meninos, dessa vez o enredo optou pela essência e por referência diversas. Para os fãs é sempre bom ver personagens como o Bepop, Rocksteady e o Cérebro. O enredo é o mesmo de sempre, tartarugas descoladas resolvendo seus conflitos pessoais e salvando o mundo das investidas dos vilões. O problema é que não tem muito a oferecer para o público em geral. Só mesmo para as crianças e fãs. A edição chega a ficar arrastada em alguns momentos e os efeitos digitais não surpreendem, na verdade, em alguns momentos são até duvidosos. Mas afinal estamos falando de 4 tartarugas mutantes que foram treinados por um rato mutante, claro, combatendo o crime. É para deixar a imaginação correr mesmo. Pena que apesar do diretor, Dave Green que é fã franquia, tentar muitas maneiras de acrescentar bons elementos e referências, tudo é arrastado e somente em alguns momentos realmente agrada. Vamos torcer para a próxima vez, mas tudo depende das bilheterias e criticas deste filme. Megan Fox continua linda e com cara de paisagem e Stephen Amell, conhecido por Arrow chega para tentar conquistar a moça. Para as crianças vale sim o ingresso e para os fãs é obrigatório. A indicação etária é para maiores de 10 anos.

Sugestão:
Para curtir em casa nesse frio a indicação da semana vai para a estreia da nova temporada de Orange is the New Black. Não gosto muito do ritmo de novela, mas confesso que estou curioso para saber como anda Piper, Alex e toda a turma da prisão. Somente na Netflix.

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