Filmes da semana 12/02 até 18/02

12/02/2016 21:43:05
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Estreia esta semana nos cinemas Deadpool. Herói ou anti-herói, uma coisa é certa, aqui não tem espaço para o politicamente correto. Na verdade o grande acerto do filme é o equilíbrio entre o humor e a violência exagerada. Essa balança quando bem equilibrada tira o peso das imagens fortes e cria uma certa licença poética onde a brutalidade e a insanidade fazem parte de uma “brincadeira” descolada da realidade. Tudo isso foi para dizer que você vai ouvir muitos palavrões e ver muita violência gratuita, com a banalização da vida, mas ainda sim, vai gostar. Na verdade o filme é ótimo e, posso até dizer, surpreendente. O enredo é muito simples e, em grande parte do tempo, flashbacks fazem uma apresentação didática dos personagens. Tudo parece com uma grande apresentação de uma sequencia de eventos que precisam de um desfecho. Ryan Reynolds, Ed Skrein e a brasileira Morena Baccarin estrelam e fazem um ótimo trabalho. O diretor Tim Miller, aproveitou bem sua experiência com efeitos visuais e fez das cenas de ação mais um ponto forte do filme. Mas o que faz com que Deadpool seja diferenciado é o humor politicamente incorreto e as boas tiradas de um herói que está mais preocupado com sua vingança particular do que salvar gatinhos das árvores. O humor não poupa nada, quebra a quarta parede, zoa com a própria produção e possui dezenas de referências da cultura pop, nerd e filmes em geral. Vale muito o ingresso e é o início de uma franquia que promete se descolar dos filmes chatos de heróis certinhos, bonitos e poderosos. Nos Estados Unidos o filme sofreu uma censura forte, mas no Brasil é indicado para maiores de 16 anos.  

A outra estreia em Nova Friburgo desta semana é Um Suburbano Sortudo. Sei como é difícil produzir um longa e conseguir que ele entre no circuito no Brasil. Sei que as fórmulas são repetidas quase que a exaustão e sei que alguns atores atraem um público cativo como é o caso do Rodrigo Sant’anna. Mas dessa vez, muita coisa deu errado. Sant’Anna fez o que sabe fazer, nem mais nem menos. O restante do elenco parece desinteressado e mal trabalhado. O roteiro tenta beber em fontes demais e se perde. Parece que o intuito foi encaixar situações no enredo e aí fica complicado. Para piorar tem um tom preconceituoso com tudo e todos e é machista e homofóbico. Mas apesar de Rodrigo Sant’anna não conseguir fazer o milagre de levar nas costas uma produção meio sem pé e sem cabeça, tem lá os seus momentos. Sempre muito exagerado mas até que consegue arrancar algumas risadas. Em um gênero que o cinema brasileiro já aprendeu como fazer bem feito, ainda tem espaço para deslizes que tentam surfar na onda de sucessos e formatos anteriores. A indicação etária é para maiores de 14 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa a recomendação vai para Qual é o Nome do Bebê? Uma comédia francesa inteligente sobre um casal que revela em uma reunião de família que o nome do bebê será Adolphe e deflagra um longo embate pela semelhança com Adolf Hitler.

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