Filmes da semana 11/08 até 17/08

11/08/2017 18:59:27
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Estreia esta semana em Nova Friburgo Valerian e a Cidade dos Mil Planetas. Luc Besson, diretor francês de filmes como Lucy, O Quinto Elemento e O Profissional, consegue depois de muito tempo e tentativas, levar para as telas a ficção científica dos quadrinhos criadas por Jean-Claude Mézières e Pierre Christin que serviu de base para George Lucas e muitos outros filmes. Foi a produção mais cara da história do cinema francês mas, apesar de visualmente deslumbrante, é simplório, narrativamente mal conduzido e cansativo. São 137 minutos que podia ter sido a metade que daria na mesma. O que acontece, na verdade, é um início muito promissor ao som de David Bowie, quando diversas raças alienígenas acoplam na estação espacial. Durante algum tempo boas sequências vão apresentando e indicando os caminhos da trama, mas aos poucos a coisa toda fica dramaticamente desinteressante e bobo. Fora os nosenses que aparecem do nada. Enquanto o visual é incrível, o roteiro é fraco e inocente. Esse desequilíbrio condena o filme ao rótulo “é bonitinho mas é bobo”. Bessin acerta, muito por conta da intensão e das referências, mas o roteiro definitivamente não ajuda, tanto pela trama, quanto pelos diálogos sofríveis. Rihanna tem seu melhor momento no cinema, Ethan Hawke está divertido, Cara Delevingne faz o papel de sempre, assim como Dane DeHaan, de quem se espera mais e Clive Owen definitivamente não acertou. Mas temos que exaltar a visão de Luc Besson ao criar um contexto fantástico, ainda que exagerado, mas belo e coerente. Alexandre Desplat, compositor experiente ajuda narrativamente a dar peso ao universo criado por Besson. Ser bonito atualmente já não basta, precisa de conteúdo também. Vale sim o ingresso mas é para ver sem pensar. A indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é O Reino Gelado: Fogo e Gelo. É a terceira produção da franquia que surgiu antes do mega sucesso da Disney Frozen, e que também se baseou no conto “A Rainha da Neve” do dinamarquês Hans Christian Andersen. Para que não conhece, ele escreveu no século XIX contos como “A Pequena Sereia, O Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, só para citar algumas obras. Voltando ao filme, é uma animação russa sem a pompa dos grandes estúdios norteamericanos, mas que consegue imprimir boa qualidade visual e vem amadurecendo ao fugir dos clichês de sempre e das constantes lições de moral. É uma continuação que não depende tanto das animações anteriores para entender. Agora, a dupla Gerda e Kay estão com pompa de heróis mas sem dinheiro. Os conflitos iniciam e cada um acaba por adquirir poderes mágicos, o menino tem o fogo e a menina o gelo. Isso desencadeia forças que podem destruir o mundo e eles vão precisar juntos “adiar” o armagedom. Temos ainda outras personagens interessantes para o desenvolvimento do enredo como o pirata Roni, o já conhecido troll Orm, que faz o alívio cômico. Não poderia faltar, afinal é uma fábula, um artefato cobiçado, a “pedra dos desejos”. Apesar de bem amarrado, o roteiro e muito infantil e só vai agradar mesmo as crianças. A lição final sobre a importância da família, apesar de previsível, é um ponto forte que conduz as ações da animação de forma coerente. Visualmente, o estúdio Wizart já demonstra força com momentos que até impressionam, como as cenas do menino Kay e suas labaredas. É sempre bom sair das propostas tradicionais dos estúdios de sempre e conhecer outras abordagens e narrativas. Não tem o glamour das animações do Tio Sam, mas vale sim o ingresso. A indicação etária é livre, claro.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para LINCOLN. Um show de Daniel Day-Lewis e, com mais acertos do que maneirismos hollywoodianos, Steven Spilberg dirige um drama com “cara” de biográfico sobre momentos importantes do aclamado presidente Abraham Lincoln.

 

 

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