Filmes da semana 11/03 até 17/03

11/03/2016 18:57:04
Compartilhar

Entra em cartaz esta semana A Série Divergente: Convergente. Essa é mais uma franquia que está chegando ao final que tem o foco no público jovem. Protagonizado por alguns dos “queridinhos” do público teen como Shailene Woodley, Theo James e Ansel Elgort, a parte 1 do livro três parece ter encontrado uma boa brisa para renovar o fôlego e seguir para um final pelo um pouco mais digno. Não que o filme seja ótimo, mas é bem melhor do que o anterior. Os pontos fortes da franquia estão nos jovens atores e na construção da heroína forte e determinada. É certamente a franquia juvenil mais voltada para a ficção científica e, nesse filme, isso fica bem evidente. Mesmo com um roteiro previsível e arrastado, e não ter de fato nada que não se tenha visto antes, é um bom filme de ficção científica. Olhando por esse ângulo tem muita coisa positiva e pode sim agradar aos fãs e apreciadores do gênero. Resumindo, é uma franquia que perdeu o tom, até porque não consegue se sustentar através do roteiro ou dos personagens, mas que tenta fazer um final um pouco melhor e salvar um navio meio afundado. Vamos aguardar a próxima e última parte para ver, mas é improvável, afinal, atores da moda e efeitos digitais não salvam um roteiro raso e uma produção que em muitos momentos se mostrou pouco inspirada. Ainda sim é um bom filme para quem gosta de ficção. Vale sim o ingresso, principalmente para quem já viu os anteriores e a indicação etária é para maiores de 12 anos. 

O outro filme que estreia esta semana é A Bruxa. Dirigido pelo estreante Robert Eggers que também assina o roteiro, o filme é uma grata surpresa para quem gosta do gênero terror e do bom cinema. É incrível como tem gente talentosa que aparece de repente para colocar as coisas nos trilhos. Digo isso por causa dessa enxurrada de filmes que apelam para susto fácil e efeitos como fórmula narrativa. “A Bruxa” passa longe disso. Os efeitos são à moda antiga, tudo feito in loco pela produção. O enredo se passa em meados do ano de 1630 com uma família que vai se convencendo que esta amaldiçoada. Naquela época não era como hoje, a igreja pegava pesado e o elemento punitivo era uma constante na vida das pessoas. A culpa era um grande fardo e tudo nessa produção gira em torno dessa premissa. Pode parecer exagerado mas vale até como reflexão se comparado ao o egocentrismo e infantilização religiosa dos tempos atuais. Destaque também para a produção que conta com o brasileiro Rodrigo Teixeira. Belas imagens com pouca luz, poucas cores e atores empenhados fazem bem um jogo verossímil e competente. Um pequeno problema de ritmo atrapalha deixando o filme um pouco arrastado. Aqueles que preferem o terror mais para o fantástico podem estranhar pois o suspense é criado através das relações humanas e estimulado através de insinuações e pela manipulação espacial. É sempre bom ver um diretor utilizando-se de recursos do cinema tradicional, tendo desenvolvido um roteiro de boa qualidade e que certamente desponta para uma carreira promissora. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa nesta semana a dica é para Mesmo se Nada der Certo. Um filme fofo que tem um pouco de tudo. Keira Knightley e Mark Ruffalo cantam, dançam e constroem uma bela relação de amizade com um q a mais.

Compartilhar