Estreia esta semana o aguardado Cinquenta Tons Mais Escuros. Digo aguardado por conta da trilogia escrita por E.L. James que foi um enorme sucesso editorial e, ao abordar o sexo e a dominação, criou muita curiosidade em todo mundo. Não que seja novidade, mas a autora acertou um público em cheio e é claro, não demoraram para serem adaptados para o cinema. Importante ressaltar que todos os 3 filmes já foram feitos. O primeiro estreou 2015 frustrando muita gente pela falta de química do casal e o tom puritano, pouco ousado. O segundo é o que entrou em cartaz e o terceiro, já gravado, está previsto para fevereiro de 2018. Importante dizer isso, pois o primeiro deixou a sensação de “não foi agora, mas a coisa vai esquentar” e esse segundo tem uma pequena diferença: “ainda não foi desta vez, mas o último vai esquentar”. Isto é, o filme não faz nada além de ficar na mesma. Desta vez Anastasia tenta se impor, afinal, ela não é mais a menina inocente de antes e Christian Grey, que correu atrás da moça depois do fora que levou, pode ficar enrolado ao revelar mais sobre seu passado. O filme até tenta introduzir algo de novo com novas personagens interpretadas pela bela Kim Basinger e Eric Johnson mas parece que só mesmo no último filme que algo vai acontecer. Curioso é que esta continuação é até mais comportadinha e perde boa parte do tempo fazendo provocações com o casal em público e outras bobagens. Tecnicamente é um filme burocrático com um roteiro mal adaptado. Os diálogos são sofríveis e o ritmo é arrastado, até porque, a coisa toda não se desenrola. Claro que vai despertar a curiosidade do público mas, alguma coisa nova, só mesmo ano que vem no Cinquenta Tons de Liberdade. Vale o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
A outra estreia da semana é Lego Batman O Filme. Toda essa onda de animações, games e tudo mais usando o “formato” LEGO, um brinquedo de encaixar que foi customizado para temas diversos vem pegando força por dois motivos simples: usa muito sarcasmo e referências múltiplas que dão personalidade e um tom divertido. É como pegar uma galera criativa e deixar eles zoarem o Batman e tudo que eles quiserem, afinal, no formato LEGO tudo vira uma brincadeira. No filme, Batman não só salva os oprimidos mas principalmente faz disso um show particular. Ele é egocêntrico, solitário e cheio de traumas. Ele tem uma birra com o Superman, não quer conversa com ninguém mas fica impressionado com a filha do comissário Gordon que vai assumir a vaga do pai. Numa briga de vaidades com o Coringa, a coisa toda foge do controle e a cidade do Gotham mais uma vez está ameaçada. A Warner não economizou nas referências. Tem o King Kong, o Voldemort e até o Sauron na versão “olho de fogo”. No geral é tudo muito colorido e bem cuidado mas em alguns momentos a ação fica confusa pela quantidade de personagens e o efeito do LEGO montando e desmontando. Menos do que (Uma Aventura LEGO), mas ainda é confuso. No fundo, tem um enredo muito simples e infantil. São as lições de sempre e as mensagens edificantes sobre a família e a superação. É divertido, mostra a força que tantos personagens conquistaram e, principalmente, é uma jogada de marketing impressionante. Afinal, Basta ver a qualidade e os preços de um brinquedo que costumava ser simples e virou top, com lojas temáticas, atrações e muita mídia. As crianças vão gostar, mas as os mais de 110min cansam os adultos. Vale sim o ingresso e a indicação etária é livre, claro.
SUGESTÃO:
A dica para assistir em casa esta semana vai para Oranges and Sunshine. Um filme emocionante baseado em fatos reais sobre o tráfego de crianças para o trabalho escravo. Provavelmente a melhor atuação da Emily Watson e vencedor de diversos prêmios em importantes festivais.
