Estreia esta semana o esperado Doutor Estranho. Mais um passo da Marvel na direção certa introduzindo ao público e trazendo para a turma um de seus melhores personagens. Faz um bom tempo que a Marvel encontrou uma fórmula que, mesmo com pequenas ousadias, vem sendo repetida e dando muito certo. É a tradicional narrativa do despertar do herói, que por mais que tentem fazer algo novo, é o mesmo de sempre. Doutor Estranho é um médico excêntrico, bem sucedido, com uma inteligência impressionante, tipo um Tony Stark da medicina, egocêntrico e espirituoso. Após um acidente ele fica com os movimentos das mãos comprometidos e na busca de uma solução, acaba por encontra um mundo mágico, cheio de guardiões, universos, e todo tipo de coisa transcendental. A narrativa é a tradicional jornada do herói. Tem a escada, o romance, o alívio cômico, todos bem usados, o que tira um pouco a sensação de ser mais do mesmo. Claro que um dos pontos fortes desses filmes são os efeitos especiais e por se tratar de magia, planetas, universos, etc. já dá para imaginar como é. Mas o ponto alto mesmo é o elenco. Benedict Cumberbatch vem acumulando personagens com complexas patias e sempre fazendo ótimos trabalhos. Podemos dizer que fica difícil imaginar outro interpretando o Doutor Estranho. Tilda Swinton também está perfeita e ainda temos nomes como Chiwetel Ejiofor, Rachel McAdams e Mads Mikkelsen. Para quem gosta de séries, é o Sherlock contra o Hannibal. Muito importante é lembrar que os filmes da Marvel sempre tem cena depois dos créditos e, nesse caso, tem depois dos iniciais e dos finais. O importante vem depois que terminam todas as letrinhas! Vale muito o ingresso e é obrigatório para quem curte a Marvel e seus heróis. A indicação etária é para maiores de 12 anos.
Mais um filme entrou em cartaz esta semana em Nova Friburgo, não é uma estreia, mas é um filme muito importante para nós, Deixe-me Viver. Digo importante pois tem muitas cenas aqui na cidade e o protagonista é um filho da terra. Na verdade, é um filme que lutou muito para ter tela e só veio para Friburgo por conta da mobilização do público. Fica aí um parabéns para Cine Show por saber ouvir e para as pessoas que se mobilizaram para tornar isso possível. Tanto que a sessão da última quinta-feira lotou. Outra questão que se faz necessária dizer é que é um filme sobre o espiritismo, isso é, aborda uma visão específica e didática, voltada somente para a doutrina espirita. Por último, o filme foi produzido, escrito e dirigido por Clóvis Vieira que usou recursos próprios e teve esse trabalho como uma missão. Tudo isso foi dito para deixar claro que se trata de um caso extremamente específico. Não cabe uma análise crítica baseada em uma narrativa cinematográfica. A intenção do diretor é divulgar uma posição firme quanto a questão sobre o aborto através da doutrina espirita. Esse é o objetivo e ele é bem cumprido. No mais, o filme é praticamente todo em Chroma Key, com a típica narrativa didática e arrastada, cheia de Voice Over. Não cabe analisar o roteiro adaptado e a produção pelos motivos já ditos, mas é nítido ver que o possível foi feito, até com alguma qualidade e a mensagem foi dita. Uma produção como essa depende muito da qualidade da direção de atores para gerar boas interpretações, até por que é quase tudo em fundo verde. Não fora dada a importância devida a esse fato, mas acredito que foi feito o melhor possível com o quase inexistente orçamento. Destaque para Sabrina Petraglia, Rocco Pitanga e Bernardo Dugin. É um filme baseado em uma doutrina e produzido por motivos específicos. Concordando ou não, acreditando ou não, é nobre pela luta que ele carrega e a forma como foi feito. Não vou ficar surpreso se daqui a pouco tempo estiver no Youtube liberado pelo próprio diretor para todo mundo ver e divulgar ainda mais a mensagem. Vale muito o ingresso, mas é aquela coisa de filmes religiosos. Para friburguenses é obrigatório, só para avisar! A indicação etária é para maiores de 14 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Black Mirror. Série com 3 temporadas do gênero fantástico, abordando questões sociais de forma crítica e bizarra. Na verdade tem muito de “Além da Imaginação”. Vale observar detalhes comuns entre as diferentes histórias. Os assuntos são complexos e sempre tem sexo, portanto, não é para crianças.
