Fica a dica: a vida das blogueiras fitness nem sempre é coerente com a nossa

02/10/2014 12:28:43
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A primavera já chegou, as academias começaram a encher, o clima esquentou e assim começamos a focar no nosso “Projeto Verão”.

Todas nós já temos nossas musas inspiradoras para nos espelharmos, são tantas deusas que ficamos perdidas diante de tanta perfeição. Bella Falconi, Gabriela Pugliese, Solange Frazão, Gracyanne Barbosa, Renata Guaraciaba, Cristiana Arcangeli e tantas outras fazem com que nós viremos perseguidoras virtuais. Isso nos rende motivação para comermos melhor e malhar mais. Antes mesmo de acordarmos e dar bom dia ao marido já abrimos a telinha e damos bom dia para elas, incorporamos o treino delas a nossa planilha, tomamos o suco detox de todos os dias, colocamos na lista do mercado itens imprescindíveis, como a tapioca, a pasta de amendoim, o leite de amêndoas, a biomassa de banana verde, goji berry, sem contar o pré e o pós treino de ultima geração.

Tudo isso na expectativa que o nosso corpo siga o mesmo caminho que o delas, que saiam aqueles gomos abdominais, que as coxas cresçam 3 cm a cada agachamento e que os braços fiquem secos da grossura do punho.

Não que eu ache as dicas delas ruins, muito pelo contrário, são bem bacanas, mas não vamos esquecer que existe vida lá fora, por mais que a gente aumente nossas séries nos aparelhos e capriche na dieta… E o quadril?! Esse não estreita. É herança da avó paterna que tem pouca chance de negociação. O choro do filho na noite com dor de ouvido, no melhor da madrugada. A compra do mês, que já passou da conta e aquela frutinha milagrosa das montanhas do Tibete, cara pra caramba, ficou para fora do carrinho do mercado.
 
As dicas das nossas musas se encaixam perfeitamente para elas: aquela coxinha fit, o brigadeiro de whey protein e o treino de hipertrofia, quase melhor do que sexo.

Nós simples mortais, devemos focar na dica mais valiosa. É que, talvez, olhar menos o IPhone e olhar mais para nós mesmas seja mais eficaz. Se perguntar: “Do que eu não abro mão?”; “Por que eu como?”; “Qual atividade física me dá mais prazer e eu me sinto bem praticando?”; “Quanto tempo disponível tenho para isso?”.  Assim seremos mais realistas com a nossa própria história e atingiremos mais fácil as nossas metas. Vamos praticar a autoaceitação e ficar mais leves, mesmo com a balança insistindo em não sair do 59. Que saia o peso das costas de tanto perseguir a perfeição.

“Ufa!To leve! risos!”

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