Lesão coloca Diego Hypolito no Mundial

12/10/2014 20:53:38
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Faltando apenas duas horas do início do Mundial de Nanning, Diego Hypolito foi chamado pelos técnicos brasileiros: iria competir. O atleta, bicampeão mundial, chegou a falar em aposentaria – depois de ser colocado como segundo reserva do país na competição – e foi pego de surpresa.

A resposta de Diego não poderia ter sido melhor: no solo, sua especialidade,  marcou 15.900 pontos, sua melhor nota desde 2012. “Parece que é um sonho”, disse o atleta para a TV Globo. A nota foi tão boa que daria a ele, por exemplo, as medalhas de prata no Mundial do ano passado, na Bélgica, ou nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Antes do Mundial, a comissão técnica brasileira já havia alertado que a posição de reserva de Diego poderia mudar: “Trocas são normais. Já tivemos um Mundial em que dois atletas se machucaram e tivemos de mandar um ginasta viajar às pressas do Brasil. Levar reservas evita isso”, disse o coordenador de ginástica masculina da Confederação Brasileira, Leonardo Finco, sobre as reclamações de Hypolito.

Na semana em que viajou para o Japão, onde o time brasileiro fez a aclimatação para o campeonato, ele postou um desabafo em redes sociais dizendo que não concordava com a decisão de ser o segundo reserva da equipe e que estaria sendo “aposentado”. No dia do embarque, ele foi promovido: como o corte de Pétrix Barbosa, por lesão, ele virou o primeiro suplente. Em entrevista ao SporTV, ele chegou a afirmar que provavelmente não viajaria como segundo reserva.

A decisão de não usar Diego tinha a ver com o objetivo do time brasileiro na China: sonhar com uma final. Apesar de ser muito bom no salto e no solo, ele não se destaca em outros aparelhos. Nesta sexta-feira, por exemplo, ele fez a pior nota da equipe, 11,866 no cavalo com alças. Ele ainda se apresentou na barra fixa e nas barras paralelas. Neles, sua única nota que não foi a descartada (por ser a pior do time) foi nas paralelas, com 13,866 – nela, o pior desempenho foi de Arthur Nory, com 13,666. Caio, um atleta mais completo, tinha chance de conseguir notas mais altas nos três aparelhos em que Diego não foi bem.

A contribuição de Diego no salto e no solo, porém, fizeram a diferença. O Brasil só ficou atrás dos campeões olímpicos da China e da Grã Bretanha. No solo, a medalha de bronze, mais uma para a coleção. Pela quinta vez Diego subiu ao pódio da competição.

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