Anticoncepcional masculino deve chegar ao mercado até 2020

22/03/2016 11:20:28
Compartilhar

Batizado de Vasalgel, o contraceptivo é um polímero injetável que inibirá a formação dos espermatozoides.

O tão sonhado anticoncepcional masculino deve, finalmente, chegar ao mercado norte-americano entre os anos de 2018 e 2020, segundo informações do jornal britânico The Telegraph. Este é o primeiro contraceptivo destinado aos homens aprovado pelo FDA (Food and Drugs Administration Panel) desde o preservativo.

Batizado de Vasalgel, ele é um polímero inserido no organismo por meio de uma injeção feita com anestesia no canal por onde passa o esperma. O material inibirá a formação dos espermatozoides, sem interferir na produção de testosterona.

Diferentes de outros métodos testados até então, esse pode ser revertido com uma nova injeção que dissolve o polímero. Outra vantagem é que ele não produz efeitos colaterais relevantes. Ele deve ter uma eficácia semelhante à pílula anticoncepcional feminina e não terá os efeitos tão temidos pelos homens, como impotência e queda na libido.

Mas por que ainda não existe o anticoncepcional masculino?

Popularizada na década de 1960, a pílula anticoncepcional causou uma revolução na vida das mulheres, trazendo, entre outras coisas, maior liberdade sexual. Contudo, desde então, discute-se o fato de a contracepção ser de responsabilidade exclusivamente feminina. Por que os laboratórios parecem não se interessar no desenvolvimento do anticoncepcional masculino?

Ao contrário do que se pode imaginar, a questão não é exclusivamente cultural e, sim, uma associação de fatores, incluindo o fato de ser mais fácil desenvolver um contraceptivo hormonal, que à época servia mais às mulheres.

O immpacto do Vasalgel será positivo, especialmente no Brasil, onde 52% dos pais não planejam a gravidez. Muitas pesquisas mostram que os homens estão interessados em participar da contracepção. Então, um produto como este seria uma segurança para eles. Além disso, muitas mulheres têm contraindicação para o uso da pílula e reclamam da falta de um método contraceptivo masculino.

Ainda não há previsão para a chegada do produto no mercado brasileiro.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

Compartilhar